Dados de mortes por homofobia GRUPO GAY DA BAHIA 2017

Os movimentos de esquerda “defensores” das “minorias” não buscam que as desigualdades diminuam e que o preconceito desapareça: eles precisam de desigualdade e preconceito em abundância, pelo mesmo motivo que uma padaria precisa de fornecimento frequente de farinha de trigo.

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Começo de ano é tempo de renovar esperanças profissionais, acadêmicas e amorosas. Prometer cuidar da estética e da saúde através de programas controlados de dieta e exercícios. Abandonar rumos da vida que se identificou não estarem dando certo e estabelecer novas estratégias, que se espera que levem a resultados melhores.

No jornalismo, é época de começar a preparar corações e mentes para o Carnaval, que há de fechar o verão com muito sexo e drogas, mas sem Rock’n Roll. E também é tempo de espalhar as estatísticas de mortes por homofobia do ano passado, cuidadosamente preparadas pelo Grupo Gay da Bahia.

Em 2017, o Grupo Gay da Bahia quantificou 442* mortes: um recorde.

Em letras garrafais, vermelhas, anunciavam a conquista do campeonato mundial para o Brasil no quesito “crimes LGBT-fóbicos”.

Antes que você leia sobre o assunto no Estadão, na Folha de São Paulo, na Catraca Livre, no Quebrando o Tabu… trago algumas curiosidades interessantes sobre estes dados.

Nestes 442 supostos “crimes LGBT-fóbicos”:

57 foram suicídios, como o do jovem Murilo Garcia, que tomou uma cartela de calmantes um dia depois de ter postado um desabafo por estar desempregado. Ou como a da menina Kemelhy Costa, que se enforcou por estar passando por um relacionamento amoroso conturbado.

16 foram assassinatos cometidos pelos companheiros, também homossexuais, como Janaína da Silva, assassinada pela namorada numa discussão por ciúmes. Ou Ronyel Marinho, assassinado pelo namorado insatisfeito com o fim da relação. Ou Anderson Fabio Cardoso, morto pelo seu namorado, um travesti, depois de uma discussão pelo fato do último insistir em seguir a carreira de garoto de programa.

Em 8 casos, as vítimas eram heterossexuais, como Manoel Francisco de Souza, assassinado pelo próprio filho, este sim um homossexual.

Há casos de mortes por causas naturais, como a de Flávia Luzia da Silva, um transexual que passou mal durante uma viagem de Paris a São Paulo, morrendo em pleno voo.

Há casos de morte acidental por imprudência, como a dos travestis Verônica Rios e Sahra Hills, mortos por complicações devido a terem injetado silicone industrial nos próprios corpos para fins estéticos (homossexual ou heterossexual, nunca faça isso). Ou o atropelamento de Rodrigo Cezar Silva Pereira, por um caminhão e por um carro de passeio, enquanto tentava atravessar a rodovia Brigadeiro Faria Lima (homossexuais e heterossexuais, andem até a passarela, passagem subterrânea ou semáforo mais próximo, sempre).

Há caso de mortes provavelmente motivadas por envolvimento em atividades criminosas, como Wagner Pereira Soares, que cumpria pena em regime semi-aberto por assassinato e tráfico de entorpecentes, e foi morto a tiros enquanto estava fora da cadeia. Ou Elicris Muniz da Silva e Roseli Domingos Correia, assassinadas juntas e cuja principal suspeita da polícia diz respeito ao envolvimento da primeira com crimes contra o patrimônio alheio. Ou Jhonata Luiz da Silva Ferreira, conhecido por seu envolvimento em crimes contra o patrimônio e tráfico de drogas, morto e decapitado em um bar.

Há casos de mortes devido à violência urbana, como o da empresária Micaela Ferreira Avelino que foi feita de refém durante um assalto a estabelecimento bancário ao lado de seu salão de beleza, e foi morta durante o tiroteio entre assaltantes e seguranças.

Há casos de mortes por disputas familiares, como a do travesti Nayanne Rayalla, morto pela tia após uma briga pela posse de um terreno.

Há casos de morte em circunstâncias não elucidadas, fora do Brasil, como a do estilista Abel Góes, brasileiro encontrado morto em um hospital na Itália. No Brasil, um caso em que as circunstâncias da morte são também totalmente obscuras (mas foram listadas pelo Grupo Gay da Bahia como crime LGBT-fóbico) é o do gogoboy Leo Brito, encontrado morto em sua própria casa.

Aliás, casos de morte sem motivação conhecida e que são categorizadas pelo Grupo Gay da Bahia como ‘mortes por homofobia’ são extremamente comuns: foi assim que o travesti Beatriz Presley encontrado morto, já em decomposição, em sua cama sem quaisquer sinais que evidenciassem morte violenta, podendo ter sido assassinato por envenenamento, suicídio ou morte por causas naturais entrou na lista.

Há muitos outros casos de assassinato em que não se pode afirmar com honestidade a motivação homofóbica, como o de Leandro Fontoura de July que foi assassinado em sua própria casa. Ou o do casal gay Marcio Augusto Pires Pinheiro e João Paulo, também assassinados em casa.

Há ainda casos em que há indícios de motivação homofóbica, mas sem confirmação: é o caso de Gabryel Schneyder Ribeiro Magalhães, encontrado morto em casa e cuja avó materna indicou à polícia e imprensa que o rapaz havia sido espancado até a morte pelo pai.

A avó, contudo, não estava presente no local no momento da morte, e a polícia, até os últimos noticiários, indicava não haver sinais de espancamento no corpo do jovem, tendo sido o mesmo encaminhado à perícia médica para melhor avaliação.

E finalmente, sim, há casos apresentados pelo Grupo Gay da Bahia em que realmente há evidências seguras de motivação homofóbica: é o caso de Ronilson dos Santos Câmara que morreu assassinado a tiros pelo próprio primo, o qual depôs alegando que havia cometido o homicídio por estar passando vergonha com a sexualidade do parente.

Divulgadas honestamente, contudo, as mortes motivadas por homofobia cairiam facilmente da casa das centenas para a casa das dezenas ou, provavelmente, unidades.

O ativismo não pode aceitar isso, precisam de que os números sejam altos. Precisam usar estas mortes como ferramenta para pleitear verbas, para ganhar apoio político na busca por aprovação de leis desiguais, para manter um público cativo e interessado.

Por isso o Grupo Gay da Bahia se esforça tanto para que os números cresçam ano após ano, inflando os dados de mortes por homofobia com exemplos tão absurdos como mortes por causas naturais ou mortes de heterossexuais assassinados por homossexuais.

Feliz 2018 a todxs!

Brincadeirinha! Aqui se usa, em seu melhor possível, a Língua Portuguesa:

Feliz 2018 a todos!

¹ Fontes confirmando as informações passadas no texto podem ser checadas nos comentários da publicação original.

² Se possível: comentem, avaliem a página (com uma, cinco ou qualquer número de estrelas… deixando sempre um texto explicando o porquê da sua avaliação), compartilhem as postagens e espalhem a “mensagem” para os seus amigos.

*Posteriormente o Grupo Gay da Bahia atualizou o número de casos para 445.

~~ Daniel Reynaldo

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Para checar cada uma das informações acima, a lista de links vai logo abaixo:

Lista com todas as mortes listadas pelo GRUPO GAY DA BAHIA em 2017 como tendo sido casos de “mortes motivadas por homofobia no Brasil”https://homofobiamata.files.wordpress.com/2018/04/listagem-registros-2017.pdf

Notícias sobre cada um dos casos mencionados no texto:

2 respostas para “Dados de mortes por homofobia GRUPO GAY DA BAHIA 2017”.

  1. […] Dados de mortes por homofobia GRUPO GAY DA BAHIA 2017 […]

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